sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"...I´m sorry for the fights..."

E não sei bem porquê mas, dentro de mim, ainda te peço desculpa. Por todas as discussões que raramente era eu a causar. Mas finalmente... finalmente sinto que algo mudou. Quando te vi, quando te senti a olhar para mim, com aquele olhar (sempre) ternurento, não sei se esperavas que fosse falar-te, ou simplesmente que me derretesse a sorrir para ti, como fazia sempre que me olhavas, mesmo quando tudo não estava bem entre nós. Mas isso não aconteceu. Quando reparei em ti, a vir na mesma direcção que eu, para não te fazer um sorriso falso, tu sabes bem o quanto detesto isso, só consegui desviar o olhar de ódio e enfiar-me na primeira loja que ali estava. Desta vez não foi o amor, mas sim toda a raiva que falou mais alto. Sabes, já não me apetece encontrar-te, já não tenho vontade de olhar para ti, nem de te sorrir. Já não tenho a curiosidade de saber sempre mais sobre ti, nem vou mais ter tempo para me preocupar contigo. Não sei se ficaste a detestar-me também. Mas também, para mim, a tua opinião já não tem a mesma importância. Não vou dizer-te que me és indiferente, se assim fosse , já não perdia tempo a falar de ti. Mas sim, eu já começo a sentir isso a acontecer. E realmente, começa a fazer-me bem desprezar-te, "meu amor". 

sábado, 4 de setembro de 2010

O tempo que não passa

Dias intermináveis estes que têm passado. A ansiedade atacou-me e não quer ir embora.  Automaticamente dou por mim a pensar nisto, a pensar no amanhã, na mudança que poderá ocorrer na minha vida (ou na que não ocorrerá). Que seja bem-vinda a escolha que tiver que ser feita, o importante é fazê-la. Claro que fico com um sorriso se ficar por cá, mas também não vou ficar minimamente triste se tiver que partir daqui. Às vezes são precisas mudanças, às vezes sinto que devia estar longe disto, diferente já sei que seria, mas gostava de saber se diferente para melhor. Sinto que seria assim , para melhor. Apesar das saudades incontroláveis que fosse sentir de muitas pessoas , lugares e momentos... 
Não me resta mais nada, a não ser a mesma espera contínua. São só mais uns dias...


Quanto a ti, desaparece da minha vida. Larga o meu coração, ele precisa de espaço lá dentro.

sábado, 7 de agosto de 2010

Conversas

- Porquê? Porque é que tens de ser parva e pedir desculpa?
- Aprendi contigo a ser assim.
- Mas eu sou sempre parvo. Queres ir pelo mesmo caminho?
- Sim , eu acompanho-te.
- De mão dada?
- Se souberes agarrar com força.
- Tu sabes que eu sei. Aqueles abraços que te esborrachavam.
- E eu gostava. Mas a mão largámos. Algumas vezes.
- Largámos?
- Não?!
- Sim largámos, mas acho que ficámos sempre presos, por um dedo.

Tu.

Que sensação, que arrepios por todo o corpo, que vontade de deixar as lágrimas caírem, que ansiedade. Vontade de me transportar para perto de ti naquele momento, que saudades de me sentir protegida pelo teu abraço e de olhar para ti infinitas vezes, de te ouvir a perguntar O que estás a pensar, e de não ter resposta para ti, apenas vontade de dizer Amo-te, eu amo-te . Foi assim hoje, ainda à pouco. Eu estava a chegar a casa , quando comecei a ouvir aquela música na rádio. Pensei em ti , sabia que estavas a ouvi-la, ao vivo. Agarrei na mala, retirei o telemóvel para te mandar mensagem, quando me deparei com ele a tocar. Eras tu. Parei o carro e atendi. Tinha um ouvido na rádio, e um ouvido no telemóvel. A nossa música tocava. Eu sentia-a por todo o corpo, sentia-a a passar pelo meu coração, sentia-a a chegar aos meus olhos e a enche-los de água. A música terminou e tu desligaste. Rapidamente, eu escrevia uma mensagem para ti, e tu escrevias para mim. Novamente as tuas palavras tocaram-me e todas as lembranças voltaram a fazer do meu peito, a sua casa. Não devia ser assim. Mas é. E nada, mas nada mesmo, posso fazer contra isso.  

Sabes,  Wherever it goes I always know, that you make me smile, please stay for a while now...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

:(

8h57m. Nem sei o que faço aqui quando, mesmo com três horas de sono (novamente), o que devia fazer era pegar em mim e ir ver-te . Perceber o que realmente se estava a passar contigo, depois de teres estado a passar a ferro, frase dita pela minha tia ao telemóvel. Não sei porque mas assim que ouvi aquele telemóvel a tocar eu despertei, não sei como, mas a verdade é que acordei. E quando , de repente, ouço a minha mãe " O quê? O que se passou? Eu vou já para aí.",  com uma voz que nem consigo definir, eu largo a cama, em menos de um segundo, sobressaltada, e vou a correr perguntar-lhe o que se passou. A minha avó não está bem. Não sei o que se passou ao certo. E eu aqui, sem coragem. Sem coragem para me levantar do sofá , sem coragem para parar de chorar e ir ver como estás.  Mas tenho medo. Tenho medo de te ver de outra forma que não aquela de ontem, sorridente e bem disposta. Tenho medo. És a melhor pessoa do mundo.

E eu vou aí.Vou mesmo, agora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Até já...

Parada. A olhar para o teclado. Parada a olhar para o ecrã. Com a cabeça mergulhada em lembranças, não são milhares delas, mas as suficientes para que hoje tivesses esta tua importância.
Se me perguntasses se me arrependo de algo durante estes quase dois anos que se passaram, dir-te-ia , com muita sinceridade que sim, que me arrependo. Arrependo-me do facto de não nos termos conhecido melhor logo, desde o início.  
Admito... eu admito que vou ter saudades tuas. Saudades de ouvir as tuas histórias (complexas) e com elas me fazeres sorrir para ti. Vou querer continuar a ouvi-las, mesmo que apenas por telemóvel. Vou sorrir da mesma maneira, como se estivesses ao meu lado.  Até das nossas discussões (saudáveis e pouco duradouras), até dos teus amuos e das minhas birras. Espero que nem isso desapareça, porque realmente, sem isso não éramos nós, e admito que até tem a sua piada. E, como disseste uma vez, todos esses momentos menos bons fizeram-nos com certeza perceber que realmente isto era amizade, e não apenas uma relação entre colegas da mesma turma, que realmente éramos importantes, de alguma maneira.
Este pequeno momento de hoje assustou-me um pouco. Hoje foi contigo, amanhã não sei o que se vai passar, e não sei com quem mais vai ter de ser, mas já percebi que vai custar. Bastante até.
Hoje tocaste-me no ponto mais fraco de todos nós, o coração. 
Durante uma questão de minutos, tocaste-lhe. Até mais do eu que imaginava que fosse acontecer e as lágrimas caíram.
Sim, não vai ser um adeus, até já, meu bem.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Queria

"... E, escrevendo, poupei coisas que gostaria de ter dito e que gostaria que tivesses ouvido. Cheguei quase a convencer-me de que bastava escrever-te para tu me ouvires, mesmo que nunca tenha chegado a pôr a carta no correio. Porque era tão sentido e tão magoado, o que te dizia nessas cartas, que quase acreditei que tu não podias deixar de me ouvir. Não é verdade, pois não? Devia ter falado contigo, mas, se calhar, já era tarde, então. Já tantas coisas tinham passado pela minha vida, entretanto! A meada era já demasiado grande e longa para retomar o fio, onde quer que fosse. Queria que me ouvisses e que falasses comigo. Mas não te queria ver, não queria que me visses..."

Queria que me ouvisses e que falasses comigo. Mas não te queria ver, não queria que me visses... É isso. É precisamente esse sentimento estranho que guardo comigo. Há tanto que ainda gostava de te dizer, mas só dizer. Dizer, para tu simplesmente ouvires, e eu fugir. Não olhar para ti , não olhar para os teus olhos nem para a tua expressão e poder fugir. Fugir de ti, sem sentir mais nada, se não apenas um grande alívio .

quinta-feira, 29 de julho de 2010

D-e-s-o-r-d-e-m

"Ausência de ordem", diz o dicionário.

Mas o que sinto não é tão simples como essas 3 palavras, o que sinto é mais profundo que isso. É uma confusão imensa, uma gritaria interior, comigo mesma.

Uma desordem. É o que sinto há algum tempo, talvez provocada por ti, talvez provocada por outras pessoas por quem também tive (se calhar ainda tenho) um carinho enorme, mas a maior parte, provocada por mim. Pois é, porque eu também sei fraquejar, ao contrário do que pensas. Tudo o que te digo , tudo o que te peço com toda a frieza  (que não tenho), é tudo aquilo que eu não consigo fazer nem cumprir. Sei que às vezes não sou a minha melhor amiga quando devia ser, sei que às vezes sou injusto, sei que erro, não só contigo, nem com algumas outras pessoas, mas também comigo mesma. Inúmeras vezes.

Tu... eu não te entendo, acho que nunca te entendi se queres que te diga. Ora conseguias/consegues fazer-me sentir a pessoa mais feliz, ora consegues deixar me no fundo, pelo erro (que acho que nem se pode chamar de erro) mais invisível que eu cometa. Dou por mim a questionar me porquê. Porque é que tu apareceste, porque é que sei que nem tu nem eu conseguimos ir embora, será que precisamos de nos magoar ainda por muito mais tempo? Será que não chega todo o tempo que estivemos separados? Será que não chegaram todas as palavras que já trocámos ? Gostava de saber se algum dia aprendemos algo realmente, ou se isso é somente mais uma daquelas frases em que as pessoas gostam de acreditar .

Eu, sinceramente , sou complicada, sei que sou. E mais uma vez dou por mim com a minha cabeça à volta, por mais uma situação confusa, em que, mesmo que eu pudesse escolher, tenho a certeza que não saberia o que queria. Enfim...esta minha característica (quase sempre defeito), não é má por completo, pois sempre ouvi dizer que se não sabemos o que queremos, qualquer caminho será o correcto. Assim espero que seja. Se tiver que ficar, eu fico, se tiver que ir , vou. Nem tu vais fazer-me querer ficar , por aqui me sentir mais perto de ti ( mesmo que te veja tão pouco), nem tu vais fazer me querer ir, por aquelas vontades súbitas que me dão, de fugir de ti, e de todas as coisas menos boas que, por vezes, aqui possuo. A vida que escolha por mim.

Quanto a vocês que eu tanto adoro, principalmente a "ti" e a "ti", peço-vos uma enorme desculpa, por tudo onde possa estar a errar ou por tudo o que ignorei sem dar por isso. A "ti", por tudo o que te disse e pedi, se calhar, para ti, foi tudo tão errado. Não o faço com intenção de te magoar, sabes que é o que mais detesto, magoar alguém. Mas neste momento, é apenas o consigo sentir, e sabes que por vezes, somos como que obrigados a tomar decisões para nos sentirmos um pouco melhor no "amanhã". E a "ti"... porque acima de tudo és um melhor amigo e sei que por mais pessoas que entrem, não te quero perder nunca. Peço-te uma enorme desculpa e agradeço-te por toda a calma e compreensão.

E é esta, parte da minha desordem.

Ansiedade mas receio, felicidade mas mágoa, saudade mas orgulho. Sentimentos, um turbilhão de sentimentos.