sábado, 7 de agosto de 2010

Conversas

- Porquê? Porque é que tens de ser parva e pedir desculpa?
- Aprendi contigo a ser assim.
- Mas eu sou sempre parvo. Queres ir pelo mesmo caminho?
- Sim , eu acompanho-te.
- De mão dada?
- Se souberes agarrar com força.
- Tu sabes que eu sei. Aqueles abraços que te esborrachavam.
- E eu gostava. Mas a mão largámos. Algumas vezes.
- Largámos?
- Não?!
- Sim largámos, mas acho que ficámos sempre presos, por um dedo.

Tu.

Que sensação, que arrepios por todo o corpo, que vontade de deixar as lágrimas caírem, que ansiedade. Vontade de me transportar para perto de ti naquele momento, que saudades de me sentir protegida pelo teu abraço e de olhar para ti infinitas vezes, de te ouvir a perguntar O que estás a pensar, e de não ter resposta para ti, apenas vontade de dizer Amo-te, eu amo-te . Foi assim hoje, ainda à pouco. Eu estava a chegar a casa , quando comecei a ouvir aquela música na rádio. Pensei em ti , sabia que estavas a ouvi-la, ao vivo. Agarrei na mala, retirei o telemóvel para te mandar mensagem, quando me deparei com ele a tocar. Eras tu. Parei o carro e atendi. Tinha um ouvido na rádio, e um ouvido no telemóvel. A nossa música tocava. Eu sentia-a por todo o corpo, sentia-a a passar pelo meu coração, sentia-a a chegar aos meus olhos e a enche-los de água. A música terminou e tu desligaste. Rapidamente, eu escrevia uma mensagem para ti, e tu escrevias para mim. Novamente as tuas palavras tocaram-me e todas as lembranças voltaram a fazer do meu peito, a sua casa. Não devia ser assim. Mas é. E nada, mas nada mesmo, posso fazer contra isso.  

Sabes,  Wherever it goes I always know, that you make me smile, please stay for a while now...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

:(

8h57m. Nem sei o que faço aqui quando, mesmo com três horas de sono (novamente), o que devia fazer era pegar em mim e ir ver-te . Perceber o que realmente se estava a passar contigo, depois de teres estado a passar a ferro, frase dita pela minha tia ao telemóvel. Não sei porque mas assim que ouvi aquele telemóvel a tocar eu despertei, não sei como, mas a verdade é que acordei. E quando , de repente, ouço a minha mãe " O quê? O que se passou? Eu vou já para aí.",  com uma voz que nem consigo definir, eu largo a cama, em menos de um segundo, sobressaltada, e vou a correr perguntar-lhe o que se passou. A minha avó não está bem. Não sei o que se passou ao certo. E eu aqui, sem coragem. Sem coragem para me levantar do sofá , sem coragem para parar de chorar e ir ver como estás.  Mas tenho medo. Tenho medo de te ver de outra forma que não aquela de ontem, sorridente e bem disposta. Tenho medo. És a melhor pessoa do mundo.

E eu vou aí.Vou mesmo, agora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Até já...

Parada. A olhar para o teclado. Parada a olhar para o ecrã. Com a cabeça mergulhada em lembranças, não são milhares delas, mas as suficientes para que hoje tivesses esta tua importância.
Se me perguntasses se me arrependo de algo durante estes quase dois anos que se passaram, dir-te-ia , com muita sinceridade que sim, que me arrependo. Arrependo-me do facto de não nos termos conhecido melhor logo, desde o início.  
Admito... eu admito que vou ter saudades tuas. Saudades de ouvir as tuas histórias (complexas) e com elas me fazeres sorrir para ti. Vou querer continuar a ouvi-las, mesmo que apenas por telemóvel. Vou sorrir da mesma maneira, como se estivesses ao meu lado.  Até das nossas discussões (saudáveis e pouco duradouras), até dos teus amuos e das minhas birras. Espero que nem isso desapareça, porque realmente, sem isso não éramos nós, e admito que até tem a sua piada. E, como disseste uma vez, todos esses momentos menos bons fizeram-nos com certeza perceber que realmente isto era amizade, e não apenas uma relação entre colegas da mesma turma, que realmente éramos importantes, de alguma maneira.
Este pequeno momento de hoje assustou-me um pouco. Hoje foi contigo, amanhã não sei o que se vai passar, e não sei com quem mais vai ter de ser, mas já percebi que vai custar. Bastante até.
Hoje tocaste-me no ponto mais fraco de todos nós, o coração. 
Durante uma questão de minutos, tocaste-lhe. Até mais do eu que imaginava que fosse acontecer e as lágrimas caíram.
Sim, não vai ser um adeus, até já, meu bem.